_Então o valete de copas é meu rival?
_Não, não é a dama te escolheu.
_Então ele vai desaparecer? Ou vai ficar na volta como o vento quente e seco que sopra no planalto como um fantasma ou como uma nuvem negra pairando sobre minha cabeça?
_Repito, a dama escolheu a ti, chorou, mas decidiu ficar, pelos momentos felizes, pelos genitores, pelo que foi gerado, pela célula mater em fim...
O valete de espadas tem a vantagem de estar presente. Já o valete de copas preterido não vai chamar nem pedir, surgira quiçá nas datas especiais erguendo um brinde e desejando felicidades...
_Pena ele não estar presente, me daria à oportunidade de desafiá-lo para um embate.
_ Em verdade o desfio caberia a ele, mas não o faria seu símbolo é um coração um coração partido usa a pena e não a espada, e se num embate ele o ferisse de morte a ti caberia o sepulcro e a dama a duvida se tudo poderia ser como dantes e a ele tocaria a masmorra e o desprezo da dama, já lhe basta seu desprezo, torno a dizer, não é teu rival, observe a água da fonte e me diga o que vê?
_ Vejo um céu sem nuvens e a minha própria imagem refletida na água.
_Como podes ver não existe nem uma nuvem negra, mas eis ai o teu rival, algo que tu fizeste ou deixaste de fazer, a lacuna a qual agora existe.
_Nada fiz nem deixei de fazer que permitisse tal lacuna a culpa é dele, a sua pena, as suas palavras escritas causaram mais danos do que a espada!
_ Isso! Negue, negue sempre é o código da maioria dos valetes a negação mesmo diante de fatos incontestáveis é sempre mais fácil pensar que a culpa é de outrem...
_Julga-te superior a todos os valetes, na verdade nada conheces muito menos a dama...
_ Digo o mesmo quanto a ti já que certa vez julgaste ser o valete de copas outro valete, quanto à dama podes coabitar com ela por anos e não conhecê-la, alguém me disse:
_Quer conhecer realmente quem é a dama? Então te separa d’ela, ela que te foste copas (Coração) e ouro se tornara espada (Ferina) ou paus (Seca) ou não, só o saberá quando acontecer.
_Isto posto ao valete de copas se abriria espaço para que tomasse a posse, isto não vai acontecer.
_ Em verdade não, não tomaria algo que não existe, não tens a posse tens os “favores”, podes ter a fidelidade a cumplicidade o companheirismo a dedicação por amor ou por conveniência, mas jamais a posse, pois se a dama desejar partir nada a deterá.
_Mesmo que se vá não ira para ele nada tem a oferecer que este valete já não tenha ofertado, não entendo o que a dama viu no valete de copas?
_Estas certo, a dama não ira, ela iria buscar sua independência e maturidade em uma introspecção buscará se conhecer, quiçá para provar a si mesma ou ao valete de espadas que é capaz e que ele entenda o que perdeu sendo assim, mesmo partindo ainda o ama, quiçá chame pelo valete de copas, mas ele não ira se ainda o ranço do valete de espadas existirem como na comparação que acabas de fazer, o que um tem que ao outro falta, ninguém é igual, mas todos somos semelhantes, o valete de copas jamais ira se tornar um valete de espadas ou ouro, mas pode se tornar um valete de paus... Mas por hora a dama aposta na retomada isto deixou claro ao valete de copas.
_O valete de copas me desejaria sorte?
_Com certeza não! Mas deseja a felicidade da dama e se ela crê que sua felicidade é ao lado do valete de espadas o valete de copas se retira respeitando sua vontade e o seu “Adeus”.