O poeta não é um solitário
Tem a lua e a estrela guria
Que o acompanham no entardecer
E o esperam no alvorecer de cada dia
Tem o canto dos pássaros
Anunciando a alvorada e o entardecer
Aprendeu a absorver estas dádivas
Que a natureza tem pra oferecer
E assim vai levando a vida
Do raiar do dia até o anoitecer.
Mas a noite sempre mantém
Uma lâmpada acesa a iluminar
Os quadros na parede da memória
Não pela mariposa que não vira,
Sua luz não é o bastante para encantá-la,
Mas sim para o caso da tristeza se aprochegar
E também uma taça de vinho por perto
Para recolher alguma lagrima furtiva
E afogar a magoa que ela trás
As noites são longas e é quase certo
Que a tristeza vai querer se aquerenciar
Por isso a luz acesa, em via de regra
Quem ofereceu nada recebeu
*Quem manda se querer bem
Água fresca e carinho
Não se oferece a ninguém...
Imagem Google
*José Mendes