Uma arvore muito antiga morreu
Não resistiu a seca
Que assolou a encosta onde nasceu
Mas ficou ereta até a chuva chegar
A chuva entoces veio
Se veio na tarde abafada
Com enxurrada e ventania
Deixando a encosta encharcada
As velhas raízes, já sem vida,
Não suportaram a ventania
E a velha arvore tombou
Derrubando postes e a linha
Deixando a cidade sem luz
A noite tem um céu de chumbo
O vento parece uivar
Como um lamento profundo...
Sobre a mesa uma vela ardia
Nas sombras bruxo-lentas
Imagino o fantasma da velha arvore
Com seus galhos desfolhados
A balançar na ventania
Imagem Google