Histórias, Estórias & Versos

Fases do Pós Morte

19-07-2011 21:56

Negação:

Ninguém está preparado, na maioria das vezes a ficha custa a cair, negamos a realidade. Já vimos acontecer com os outros ou com a gente mesmo, mas o cérebro parece que fica entorpecido, repassando lembranças vivas, negando o presente, vestido de negro, com a foice em punho.

 Assim é também com o amor, a paixão, que continua viva em nós e foi sufocada, já não existe mais em outro coração!

 

Raiva:

Como é possível? É para nós inadmissível, no momento em que a vida de alguém próximo seja ceifada. Sentimos raiva, praguejamos, às vezes, até contra o próprio Deus. Como pôde fazer isso? Por que levar alguém, justamente agora?

Quanto ao amor, sabemos o que sentimos, e a nossa raiva é quanto às supostas razões expostas, pois elas sempre existiram no mesmo molde... “Basta espetar os seus dedinhos em alguns dos espinhos para ficar assim, todo medroso, duvidoso”!    “Fica assim não, Amore! Também dói em mim”. Não dói mais!?

 

Medo:

        Dá medo porque, intimamente, se sabe que é o destino de tudo o que nasce. O medo é de ainda não estar pronto, de ainda não ser o derradeiro galho seco para o fogo que vai aquecer o novo e o novo sempre vem...

        No amor, o medo é de amar: SERÁ O POETA UM VIDENTE!!!!!!!!!!!????: Sempre indo e vindo como os colibris. A cada vinda levam um pouco da essência da alma do poeta que, apaixonado, produz mais, mas sua experiência lhe diz que o fim é uma questão de tempo, em breve, o colibri saciado, não voltará mais. Já lhe disse nas entre linhas, talvez sem sentir dissesse "Não se apegue a mim." Os pássaros são livres!”OU ÉS TU QUE ESTÁS A FUGIR!!!!!!!!!??????  Assim, no amor, o medo se perdeu...

 

Culpa:

        Algo que não tenha sido dito, esperando o melhor momento, algo que foi dito num momento inadequado e que não tenha sido retratado por vergonha ou, simplesmente, por achar que não era o melhor momento para pedir perdão ou desculpas.

        No amor, sentir-se culpado por amar, “sorry for Loveri”, por expor corpo, alma e coração sem pudor ou ressalvas, simplesmente, por amar, acreditar no amor!   

 

Depressão:

        Silêncio, inércia, desânimo, cansaço, um morto vivo vegetando isolado por opção, a cabeça desorientada, um profundo vazio, a alma um poço sem fundo.

No amor, um choro doído, íntimo, sem lágrimas… Não há mais lágrimas! Os olhos estão secos, e eles são o espelho da alma!   

 

Aceitação:

        A vida tem que continuar para os que ficam. Existe sempre a esperança do reencontro no dia do juízo final, para uns. Para outros, o reencontro em outra encarnação, não importa o que importa é a fé de cada um em Deus, como quer que O conceba.

 No amor, a certeza do amor que se sente, também a esperança, a convicção de que ele é o mesmo do passado recente, não será remoldado, nem sufocado, mas ficará resguardado no ninho abandonado!    

© 2010 Todos os direitos reservados.

Crie o seu site grátisWebnode