Histórias, Estórias & Versos

Day breiack

27-11-2010 20:41

G fala ao poeta conhecer alguém que diz não sentir pena de quem sofre por amor, o poeta responde:

_Para mim isto soa como um “Day breiack”, bem sei, não adianta sequer benzedura em boa lua, pouco resolvem mantras e orações para quem esta de mal com a vida também não adianta pedir nem chamar por quem renega suas emoções. Diga pra que não fale assim, nunca mais me fale assim não desonre um nome a poesia o meu nome o amor de alguém ao próprio amor com penas, quem ama não precisa de pena até porque quem fala assim já gastou todas as suas penas consigo mesmo. É algo inconsciente que funciona mais ou menos assim, alguém vai pagar o que fizeram pra mim, ouve-se uma voz que diz: “Não serei vitima outra vez nada mais me atinge”! E assim a frustração aparentemente passa...

Podes dizer que para mim é fácil falar, mas bem sei que às vezes só ouvimos o que queremos ouvir, em nada mais se crê e o que se diz pra si mesmo passa a ser a sua verdade. Um ser que não esquece que guarda magoa não consegue sentir e nem vai enquanto não perdoar a si mesmo e a quem o magoou, finge não ouvir a quem lhe fala tantas vezes, tantas as quais não tem mais conta das tantas que ouviu, sabe que é verdade, mas não consegue esquecer o passado e temendo as penas diz não ter pena. Diga-lhe que tente outra vez que tente resgatar o que não esquece ou que abra seu coração para que, a quem embora negue continua lá, possa sair e alguém possa entrar mesmo que não seja de quem supostamente não tem pena... G suspira fundo e pergunta:

_Posso transcrever tuas palavras? O poeta sorri e responde:

_Pode sim, mas cuidado o caramujo ao menor sinal de perigo costuma se recolher a sua casca “os invertebrados se bastam”, palavras suas, você pode perder o amigo ou amiga. G sorri e diz: _Mas que espécie de amiga eu serei se me calar? A inércia nada resolve apenas protela, não somos invertebrados não nascemos para viver como caramujos todos os dias toda a vida, somos animais, racionais, mas animais precisamos de uma razão, porém as vezes, as razões nas quais nos baseamos não são a verdadeira razão.

_Sabe poeta li teu poema “O beija flor e o morcego”, você sabia que existe uma espécie de morcego que se chama beija flor? Sorrindo ele responde:

_Verdade? Não sabia, sabia de uma espécie que se alimentava de frutas e néctar das flores, mas não sabia que tinha este nome. G complementa:

_Quem sabe teu poema ainda não vire uma lenda como a da estrela do mar? O poeta suspira e diz: pouco provável, mas... Quiçá minha amiga, quiçá!!!   

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